Quem nunca colecionou ou curtiu nada (de papel de cartas passando por figurinhas à receitas de bolo da vovó até carrinhos e/ou bonecas), não entenderá do que falo.
Normal, afinal de contas, quantos de nós, temos o hábito de ter coisas - sem o velho papo de desprendimento, já que o primeiro ato, não impede de termos o segundo - que guardamos com afeição, com organização e claro, com um pouco de cuidado extra, além do saudável hábito de relacionar o que se tem ou que se falta, coisa esta, para os bons colecionadores.
Enfim, se colecionismo é bom ou ruim, dependera de até que ponto se vai, e isto, serve para tudo na vida, se uma pessoa passa a evitar o contato humano se torna reclusa, eremita, se aparece em todo canto, vira arroz de festa e logo, outros a evitarão, na vida o equilíbrio sempre será salutar!!
Mas, concentremo-nos no que dizia no título: "sebos, uma viagem!" e creio, que aqui falamos do ainda apreço pelo bom e velho formato físico das coisas (sim, estamos caminhando em passos largos, para a digitalização/virtualização de quase tudo - inclusive acervos de obras plásticas, concretas!), como Livros, Revistas variadas - de futebol à construção, HQs, CDs, DVDs, LPs, VHS, K7s e seja lá o que for, ao gosto do freguês!
Viagem, nos remete ao ato de ir ou vir, de transpormos o espaço e através do tempo percorrer este ponto inicial chegando a outro ponto diverso. E, ao adentrarmos em um sebo, viajamos em nossa historicidade, em nossos desejos, em nossas descobertas, e tudo isso é viver, recordar fatos ou lembrar do que se foi e imaginar o que será, é vida, são neurônios em ação e quanto mais ligações neuronais criarmos, melhor, será nossa saúde mental!
Lembrar, é descristalizar pensamentos 'esquecidos' e dar ressignificados, ressignificações, nos lançam no presente, construindo pontes ao futuro. Viaje, encontre o seu desejo esquecido - faça algo que goste, viva! -, e recupere pequenas emoções, satisfactions, promovem sensações de prazer, e com certeza seu coração agradecerá!
Por Wilson Sacramento